Sobre a Chamada Pública da Secma e respondendo a questões de alguns artistas.

Os últimos 3 (três) Secretários de Cultura do Estado do Maranhão são bacharéis em direito. Naturalmente, com viés legalista. Isso pode dizer muito da visão do Governador sobre a pasta de Cultura. O que ele encontrou e o que quis remediar?
Então, por vezes penso, que acham que terem traçado a rota dos editais foi uma inovação, um advento... Pode ser! É só lembrar como era antes em que nem isso tinha. Quais os critérios de escolha?
Lembro que o primeiro Credenciamento Cultural deste governo era pra servir de base para os demais. A partir dali funcionaria um critério de oportunizar um ciclo de ampliar alcance e promover mais artistas e criativos tendo acesso ao fomento do Estado. Não aconteceu assim. A gente vê uma figuras carimbadas: com fluxo contínuo. Essas pessoas - grupos, artistas - silenciam porque não amadureceram para o debate amplo.
Mas esse governo amadureceu. E precisa amadurecer mais. Nesse momento o governo, e todos nós, temos que romper paradigmas. Pensar fora da casinha...
O ponto fora da curva que vamos viver está só começando! E teremos que reaprender muita coisa. Uma delas será compreender o papel das políticas culturais nesse contexto. Para além disso, reinventar as relações com os fazedores de Cultura. O mais moderno que conheço disto está posto na Lei de Cultura Viva, que deve servir de base para nossas inovações.
A cultura vai ser altamente demandada como direito humano e de importância estratégica para a saúde mental de todos nós.
É isso pessoal, manifestem-se. Com a liberdade criativa que é peculiar dos artistas.
Convidem e convoquem os gestores a inovarem. O momento exige. Não será fácil para ninguém. Mas é vital.
Avancemos!
Abraço fraterno,
Luzenice Macedo
Luzenice Macedo Martins é bióloga, MSC em Saúde em Ambiente, Consultora Legislativa da Assembleia Legislativa do Maranhão e fundadora do Instituto Maranhão Sustentável